Depois de tantos anos, é natural que muitos guarulhenses fiquem céticos em relação ao metrô. Afinal, a estação mais próxima é a do CECAP, na Linha 13 – Jade, inaugurada em 2018. Mas a esperança de ter mais estações em Guarulhos já vem desde 1998, com a inauguração do metrô Tucuruvi, na Linha 1 – Azul.
Mas viemos reacender a chama da esperança de vocês, leitores, mais ainda, viemos confirmar um desejo: vai ter metrô em Guarulhos, sim!
O projeto
Intitulada de Linha 19 – Celeste, serão 15 estações ligando do Bosque Maia ao centro de São Paulo, na estação Anhangabaú (Linha 3 – Vermelha). Serão cinco estações em Guarulhos: a com o nome do município, Bosque Maia, Vila Augusta, Dutra e Itapegica. As demais estações que ligarão até o centro paulistano são: Jardim Julieta, Jardim Brasil, Jardim Japão, Curuçá, Vila Maria, Catumbi, Silvia Teles, Pari e São Bento.

O projeto estima 17,6 km de extensão no subterrâneo, com duração de percurso de 30 minutos. Segundo estudos da equipe do Metrô de São Paulo, a capacidade será de 648 mil passageiros/dia.
Ainda, a estação Dutra ligará à Linha 2 – Verde, que avançará da Vila Prudente, para a Penha e por fim, a de território guarulhense.
Entraves
Um dos aspectos de grande dificuldade quando se inicia a construção de uma nova linha na malha ferroviária é a desapropriação de terrenos e estabelecimentos. É um processo demorado e que gera muitos custos – mas são necessários para resolver os problemas de mobilidade urbana.
Em Guarulhos, é estimado que 177 lotes sejam desapropriados, enquanto que em São Paulo serão 297. Ainda segundo o relatório da Prime Engenharia, empresa contratada pelo Metrô para a execução da obra, a área de desapropriação em território guarulhense será de 86.000 m2, com 118 locais de comércios e serviços e 41 moradias horizontais.
Porém, tudo será definido apenas quando houver a publicação do Decreto de Utilidade Pública (DUP). Feito isso, os proprietários desses imóveis a serem desapropriados serão devidamente notificados e também amparados. Para residências, o Metrô geralmente oferece duas opções: indenização para a moradia ou realocamento em unidade habitacional, cuja construção deve ser providenciada pelo Metrô. Também, se houver atrasos, o Metrô deve pagar um auxílio-aluguel mensal até que a entrega das chaves seja feita.
No caso de comércios/serviços, o pagamento do estabelecimento é efetuado à vista, seguindo o valor de mercado. Reformas e demais benfeitorias feitas no imóvel também são negociadas.